segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Novos modelos de negócios.

Em 1998, a Kodak tinha 170 mil funcionários e vendia 85% do papel fotográfico utilizado no mundo. Em apenas 3 anos, o seu modelo de negócio foi extinto e a empresa desapareceu. O mesmo acontecerá com muitos negócios e indústrias nos próximos 10 anos e a maioria das pessoas nem vai se aperceber disso. As mudanças serão causadas pelo surgimento de novas tecnologias.

Conforme exposto na Singularity University Germany Summit, em abril deste ano, o futuro nos reserva surpresas além da imaginação. A taxa de inovação é cada vez mais acelerada e as futuras transformações serão muito mais rápidas que as ocorridas no passado. Novos softwares vão impactar a maioria dos negócios e nenhuma área de atividade estará a salvo das mudanças que virão. Algumas delas já estão acontecendo e sinalizam o que teremos pela frente. O UBER é apenas uma ferramenta de software e não possui um carro sequer, no entanto, constitui hoje a maior empresa de táxis do mundo. A Airbnb é o maior grupo hoteleiro do planeta, sem deter a propriedade de uma única unidade de hospedagem. 

Nos EUA, jovens advogados não conseguem emprego. A plataforma tecnológica IBM Watson oferece aconselhamento jurídico básico em poucos segundos, com precisão maior que a obtida por profissionais da área. Haverá 90% menos advogados no futuro e apenas os especialistas sobreviverão. Watson também orienta diagnósticos de câncer, com eficiência maior que a de enfermeiros humanos. Em 10 anos, a impressora 3D de menor custo reduziu o preço de US$18.000 para US$400 e tornou-se 100 vezes mais rápida. Todas as grandes empresas de calçados já começaram a imprimir sapatos em 3D. Até 2027, 10% de tudo o que for produzido será impresso em 3D. Nos próximos 20 anos, 70% dos empregos atuais vão desaparecer. 

Em 2018, os primeiros carros autônomos estarão no mercado. Por volta de 2020, a indústria automobilística começará a ser desmobilizada porque as pessoas não necessitarão mais de carros próprios. Um aplicativo fará um veículo sem motorista busca-lo onde você estiver para leva-lo ao seu destino. Você não precisará estacionar, pagará apenas pela distância percorrida e poderá fazer outras tarefas durante o deslocamento. As cidades serão muito diferentes, com 90% menos carros, e os estacionamentos serão transformados em parques. O mercado imobiliário também será afetado, pois, se as pessoas puderem trabalhar enquanto se deslocam, será possível viver em bairros mais distantes, melhores e mais baratos. O número de acidentes será reduzido de 1/100 mil km para 1/10 milhões de km, salvando um milhão de vidas por ano, em todo o mundo. Com o prêmio 100 vezes menor, o negócio de seguro de carro será varrido do mercado. 

Os fabricantes que insistirem na produção convencional de automóveis irão à falência, enquanto as empresas de tecnologia (Tesla, Apple, Google) estarão construindo computadores sobre rodas. Os carros elétricos vão dominar o mercado na próxima década. A eletricidade vai se tornar incrivelmente barata e limpa. O preço da energia solar vai cair tanto que as empresas de carvão começarão a abandonar o mercado ao longo dos próximos 10 anos. No ano passado, o mundo já instalou mais energia solar do que à base de combustíveis fósseis. Com energia elétrica a baixo custo, a dessalinização tornará possível a obtenção de água abundante e barata.                       

No contexto deste futuro imaginário, os veículos serão movidos por eletricidade e a energia elétrica será produzida a partir de fontes não fósseis. A demanda por petróleo e gás natural cairá dramaticamente e será direcionada para fertilizantes, fármacos e produtos petroquímicos. Os países do Golfo serão os únicos fornecedores de petróleo no mercado mundial. Neste cenário ameaçador, as empresas de O&G que não se verticalizarem simplesmente desaparecerão. 

No Brasil, o modelo de negócio desenhado para a Petrobras caminha no sentido oposto. Abrindo mão das atividades que agregam valor ao petróleo e abandonando a produção de energia verde, a Petrobras que restar não terá a mínima chance de sobrevivência futura. A conferir.

(Publicado na revista Brasil e Energia Petróleo e Gás, edição de dez/2016)

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Formada a 1ª turma do Go Code Blocks em Torres

         A ULBRA Torres, em parceria com a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, realizou a formatura da primeira turma do Go Code Blocks em Torres, na última sexta-feira (02/12). Ao todo, 21 estudantes do Ensino Médio receberam treinamento e capacitação gratuitos com os profissionais da Universidade.

ULBRA Torres e Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho ofereceram o curso

O Go Code Blocks é um curso gratuito que busca capacitar jovens de Ensino Médio da rede pública de ensino em lógica, programação Java, desenvolvimento mobile e habilidades profissionais de mercado. Em um mês de aulas com a abordagem de conteúdos de introdução à lógica, à linguagem de programação e ao empreendedorismo capacitou os 21 alunos para, através de uma interface gráfica baseada em blocos da ferramenta App Inventor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), criassem projetos de aplicativos Android, inserindo conhecimento de tecnologia para a vida profissional e pessoal.  Os aplicativos propõem soluções para questões de bem-estar e serviços à comunidade.

Ao todo, foram apresentados dez aplicativos feitos pelos alunos, desde um app que facilita o relacionamento de laboratórios médicos e seus clientes até outro que ajuda a lembrar de datas importantes com uma agenda compartilhada da turma. "Com o Go Code Blocks encontrei o meu lugar. Agora sei que quero cursar Análise de Sistemas na faculdade", diz a aluna Júlia Ghisleri que desenvolveu o "Notepad", um aplicativo que acompanha as notas dos alunos e ajuda a organizar suas prioridades de estudo.

A apresentação dos trabalhos aconteceu para uma banca especializada de professores voluntários, que apreciaram e avaliaram os aplicativos projetados. Fizeram parte dela: Rafael Lippert, que é diretor da empresa Reitech Tecnologia, Rafael Diniz, desenvolvedor de software na InfoWorld Tecnologia e Vinícius Magnus,  professor da ULBRA Torres.

Segundo Rafael Lippert, os trabalhos apresentados o surpreenderam. "Deu para perceber que eles aproveitaram a oportunidade do curso e apresentaram apps originais que trazem soluções para diversos problemas do dia a dia deles", ponderou Rafael. Já para o professor Vinícius Magnus, que foi voluntário e deu aulas de componentes multimídias: "os alunos tiveram contato com a tecnologia e puderam conhecer um mercado promissor que é o da TI".

Para Adriana Bueno, coordenadora do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da ULBRA Torres, foi um grande diferencial para os alunos conhecerem a tecnologia e criarem soluções inovadoras para as pessoas. "Agora os alunos se vêem como protagonistas na tecnologia, o Go Code Blocks abriu as portas para o futuro profissional deles". Também citou a importância do engajamento dos professores voluntários para a transformação da vida desses estudantes.

Já a Diretora Geral da ULBRA Torres, professora Débora Borges Thomas, destacou que "A ULBRA Torres, em parceria com a Fundação Maurício Sirotski Sobrinho, coordenação e professores e alunos do Curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e os apoiadores que acreditaram neste projeto, oportunizou que 21 estudantes do Ensino Médio de Torres recebessem capacitação para o desenvolvimento de competências na área da tecnologia e no desenvolvimento de aplicativos. Com o Projeto Go Code Blocks, os alunos terão maior inserção no mercado de trabalho e, principalmente, despertou o desejo de ingressar em um curso superior e se tornar um profissional na área da TI".

O Go Code Blocks Torres é uma realização da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho (FMSS) e ULBRA Torres com o apoio da Osmar Pinto Imóveis, Reitech Tecnologia, Casa São Paulo Magazine, Portal Torres Hotéis, Torres Seguros, InfoWorld Tecnologia e Informática e Mercadão dos Óculos.

Para ver as outras fotos http://www.ulbra.br/torres/imprensa/noticia/22792/formada-a-1-turma-do-go-code-blocks-em-torres